domingo, 3 de abril de 2011

ARMAS EXTRAORDINÁRIAS DA ALEMANHA NAZI E ALIADOS O AVANÇO TECNOLOGICO

MESSERSCHMITT Bf 109E
                           
                                                        
MESSERSCHMITT Bf 109E (1938). Projetado por Willi Messerschmitt, em 1935, o Bf 109, que depois foi o avião produzido em maior número de exemplares (mais de 35.000!) no decorrer da Segunda Guerra Mundial, teve o seu batismo de fogo na Espanha, nas versões B e C. Em 11 de novembro de 1937, um Bf 109 batera o recorde mundial de velocidade, voando a 610,55 km/h. Considerado pelos alemães, em 1939, o melhor caça do mundo e em dotação estândar, na versão E, nos Jagdgeschwader, não teve rivais nos primeiros meses da guerra, na Tchecoslováquia, na Polônia e na França. Na Batalha da Inglaterra, todavia, encontrou um adversário perigoso, o Spitfire, e conheceu o seu primeiro revés: dos 1.792 aviões perdidos pela Luftwaffe (conta 1.112 da RAF), 610 deles eram Bf 109. Este avião foi transformado em caça de defesa na versão F; a partir de 1942, apareceu o modelo G, que permaneceu em combate até 1945. Entre as suas muitas versões, uma bem interessante foi a T, estudada para ser embarcada em navios porta-aviões, e que a Alemanha nunca conseguiu levar a cabo. Durante toda a Segunda Guerra Mundial, o Bf 109 operou sempre e por toda parte.


HENSCHEL Hs 123A-1 (1935). Último biplano alemão, bombardeiro de mergulho; por ocasião da sua prova de fogo, na Guerra Civil Espanhola, já estava superado em 1939 e a sua produção foi interrompida em 1940. Não mais utilizado no seu papel principal, devido à presença do Ju 87, teve uma segunda juventude na frente soviética, operando como avião antitanque.

P-47 Thunderbolt – Série aviões da segunda guerra

P-47 Thunderbold atirando durante a noite
P-47 Thunderbold atirando durante a noite
Muitos devem estar se perguntando porque eu comecei essa série sobre aviões de guerra pelo P-47 Thunderbolt, não é? Simple: é porque eu gosto muito desse avião e pelas histórias que já vi contarem dele eu fui me interessando cada vez mais, então vamos lá!  :)
Robusto, seguro e potente, o P-47 Thunderbolt, não foi só um monstro de máquina em termos de ataque ou peso, foi a mais numerosa aeronave americana em combate na Segunda Grande Guerra Mundial com mais de 15.700 unidades produzidas.
P47-D Thunderbolt
Creative Commons License photo credit: wanderingYew2
história da criação do O P-47 foi um pouco estranha na aviação. Desenhado por Alexander Kartvelli, foi originalmente criado para ser um avião leve mas as experiências com ele na Europa mostraram que o avião precisava de mais armamanento, uma blindagem melhor e mais poder de voo em altas altitudes.
Com isto em mente, Kartvellie literalmente correu de volta para o desenho do avião e praticamente redesenhou o P47 em torno de um motor bem mais potente, a Pratt & Whitney R-2800 Double Wasp resfriado a  ar. Vôos de testes mostraram que o novo avião, mesmo com mais peso e maior, foi bem rápido e manobrável, atingindo velocidades superiores a 600 km/h e com uma taxa de subida de quase 1.000 metros por minuto, o que era surpreendente para um avião que pesava mais de 5 toneladas.
DSC_0047.JPG
Creative Commons License photo credit: disoculated
p-47-thunderbolt-aviao-de-guerra
Veja as 4 metralhadoras em cada asa
O P-47 possuia oito metralhadoras de calibre .50, isso era uma potência de fogo impressionante quando disparado em conjunto o que causava estragos enormes em poucos segundos. E além desse poder de fogo ele conseguia carregar uma boa quantidade de munição e era o verdadeiro carrasco dos tanques de guerra alemães.
Outra vantagem do P-47 era sua excepicional capacidade mergulho em alta velocidade sobre aviões inimigos o que também permitia ao Thunderbolt os famosos mergulhos de ataque a tropas no chão e a trens blindados.
P-47 em formação:
P47s overhead 02
Creative Commons License photo credit: anyjazz65

Veja nesse vídeo colorido abaixo uma série de filmagens dos combates com o P-47:

Nesse outro vídeo os P-47 acabam com tudo que está no chão, tanques, trens e pontes, um poder de fogo fantástico!

fonte de imagens:

domingo, 27 de março de 2011

Aviões de guerra

Primeira guerra mundial


Rumpler C I
                                    Armas  Passado


Alemanha (1915) – O avião de reconhecimento Rumpler B I já se encontrava em serviço no começo da guerra e foi substituído, em 1915, pelo C I; inicialmente dotado de uma única metralhadora para uso do observador, depois foi equipado com uma segunda metralhadora, sincronizada. Permaneceu em produção, em diversas fábricas, até o fim das hostilidades.
Na primavera de 1917, oito C I desempenharam papel importantíssimo na Palestina, onde tomaram parte na batalha de Gaza, utilizados pelo General von Kress, na qualidade de observadores e portadores de ordens.


Alemanha (1915) – Foi o primeiro avião alemão de reconhecimento (derivado do B I, que esteve em linha de fogo em 1914), dotado de metralhadora para uso do observador. No dia 28 de novembro de 1916, um L.V.G. C II efetuou um espetacular ataque contra Londres, lançando 6 bombas de 10 kg cada contra a estação ferroviária Victoria. O avião atacante não foi perturbado pela defesa inglesa, contudo, na viagem de volta, por contratempos no motor, foi obrigado a aterrar em Boulogne, onde caiu em mãos dos Aliados. Projetado pelo suíço Franz Schneider, naturalizado alemão, o L.V.G. C II foi um dos melhores aviões alemães dos primeiros dois anos da Primeira Guerra Mundial.


Alemanha (1917) – Único avião de caça triplano (o Dr. significa dreidecker – triplano em alemão). Foi projetado por Reinhold Platz; não era cópia do Triplane Sopwith, sendo entretanto superior a este. Apenas a fraqueza insolúvel da estrutura alar lhe limitou a construção a pouco mais de 300 exempleres, levando-o a ceder o lugar ao Fokker D VII. O terceiro protótipo do Dr.I foi entregue ao piloto Werner Voss no dia 28 de agosto de 1917; até o dia 23 de setembro, dia em que ele foi abatido por um S.E.5a, o mencionado às colecionou mais de 20 vitórias. A fama do Dr.I está também ligada às proezas do “Richthofen Geschwader” – o “Circo Richthofen” – e de seu lendário comandante; este, no dia 21 de abril de 1918, foi abatido pilotando um avião deste tipo.


Alemanha (1914) – Avião de reconhecimento de dois lugares, desenhado por Ernst Heinkel; permaneceu em serviço durante toda a primeira guerra e sua produção cessou em 1917. Operou em todas as frentes até 1915. No verão de 1914, um B II, pilotado por Ernst von Lössl, estabeleceu um recorde de altitude alcançando 4.500 m.


Alemanha (1916) – Um hidroavião de caça – derivou diretamente dos D I – destinado à defesa das bases navais das Flandres e, em particular, de Zeebrugge e Borkum, contra as freqüentes incursões aliadas. Entrou em serviço em outubro de 1916 e foi empregado com sucesso até à chegada dos mais poderosos Hansa-Brandenburg W12, no verão de 1917. Foram produzidas 118 unidades, utilizados também no Mar Egeu.


Alemanha (1915-17) – A sigla C identifica na aviação alemã os aviões de reconhecimento armados. O C 1 era portanto um Albatros B II com um motor mais potente e dotado de metralhadora para uso do observador. O ás O. Boelcke pilotou-o por muito tempo e von Richthofen iniciou sua carreira na aviação como observador de um C I.
A versão I entrou em combate na primavera de 1815, e foi seguido em 1916 pela versão C III, que se distinguia pelo novo desenho da cauda e que foi produzido em maior número. O C VII, que esteve na frente desde 1917, construído com novo desenho, foi destinado ao reconhecimento de longo alcance. O último Albatros C foi o XII; deste, 300 exemplares ainda se encontravam em serviço em 1918.


Alemanha (1916-18) – R. Thelen e Schubert, desenvolvendo os desenhos dos Albatros de corrida de 1914, criaram em 1916 o D I, avião de caça destinado a fazer frente aos D.H.2, aos B.E.2 e aos Nieuport. O às Oswald Boelcke figurou entre os primeiros que o pilotaram, e foi a bordo de um deles que foi abatido no dia 26 de outubro de 1926. Depois de cerca de 40 exemplares do D I, seguiu-se o D II que, com uma nova disposição das asas, permitia melhor visibilidade ao piloto. Os D II entraram em combate em janeiro de 1917, com as novas Jastas, denominação de esquadrilhas inteiramente equipadas com caças monopostos. O D III, que adotou algumas soluções do Nieuport, apareceu em fevereiro de 1917 e foi o melhor dos Albatros; este foi o dominador dos céus até o aparecimento dos Sopwith e dos Spad. Contou centenas de vitórias, muitas com a Jasta II de von Richthofen, bo Bloody April (abril de sangue, ou abril sangrento), de 1917. Depois de 800 D III produzidos, foi lançado o D V, que nunca conseguiu superar o seu predecessor.
março 2nd, 2010  Postado em   ArArmasPassado

Alemanha (1914) – Avião de reconhecimento. Esteve em combate desde a eclosão das primeiras hostilidades, na versão B-1, desrmada; a partir de 1915, o bservador, que tomava assento diante do piloto, foi dotado de metralhadora. Batizado com o nome de Gôndola, devido à sua tendência a oscilar para a direita, e para a esquerda ao primeiro aceno de turbulência atmosférica.


Alemanha (1915) – Definido pela denominação de Scourge (Flagelo) pelos aliados, foi o primeiro avião alemão dotado de metralhadora sincronizada com o giro da hélice. Dele se produziram 450 unidades. O ás Immelmann, que foi o primeiro a pilotar esta aeronave em guerra, foi abatido quando pilotava um E.III, no dia 18 de junho de 1916, por um F.E.2b.



Alemanha (1910) – Batizado com o nome de pomba, devido às suas asas típicas, foi desenhado pelo austríaco Igo Etrich em 1910; esteve em combate desde 1915. Um Taube, pilotado por Ferdinand von Hiddesen, no dia 30 de agosto de 1914, lançou 5 bombas, de 3 kg cada, sobre Paris. Este foi o avião em que aprenderam a pilotar os maiores ases alemães.




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L.F.G. ROLAND D VIb (1918). Avião de caça derivado do Roand C II, de dois lugares; a ele se preferiu o Fokker D VII. Sendo um excelente aparelho, dele se encomendaram poucos exemplares para reserva, no caso de o seu mais ilustre concorrente acusar algum defeito eventual. Entrou em combate na primavera de 1918, na defesa de bases navais e de aeroportos.



PFALZ D III (1917). Avião de caça monoposto, primeiro projeto original da Pfalz, desenhado por Rudolf Gehringer; entrou em ação em setembro de 1917, simultaneamente com os Albatros e os Fokker, sendo muito inferior a eles. Os pilotos aliados definiram-no como sendo Easy Meat (presa fácil). Dele se construíram cerca de 600 exemplares, 300 dos quais ainda em uso em 1918.


PHÖNIX D I (1917). Avião de caça monoposto, dos últimos meses do conflito; destinou-se a substituir os Hansa-Brandenburg D I. Entrou em serviço na aviação austríaca em fevereiro de 1918, revelou-se temível adversário dos caças italianos. Foi produzido em número excessivamente limitado, a fim de restituir à aviação austríaca o perdido predomínio na frente italiana.


HALBERSTADT CL II (1917). Primeiro CL alemão (caça de escolta e ataque contra o solo); teve batismo de fogo no dia 6 de setembro de 1917, na batalha do Somme e confirmou suas qualidades na batalha de Cambrai, em novembro do ano seguinte. Constituiu a dotação dos novos Sehlaehtstaffeln – “grupos de batalha” – criados para operar como apoio à infantaria.


AVIATIK D I (1917). Primeiro avião austríaco de caça de desenho próprio, concebido por Julius von Berg, projetista-chefe da Aviatik austríaca, subsidiária da matriz alemã. Substituiu os Hansa-Brandenburg D I. Foi empregado nas frentes russa, italiana e balcânica; permaneceu em produção até ao armistício com um total de 700 unidades produzidas. Foi o melhor avião austríaco de caça.


Alemanha (1917) – Avião de caça de dois lugares para escolta e ataque contra o solo. Desenhado por Hermann Dorner, foi o primeiro produto original da Hannoversche Waggonfabrik, que até então tinha fabricado sob licença aviões Aviatik, Rumpler e Halberstadt. Johann Bauer, posteriormente piloto pessoal de Hitler, obteve 9 vitórias com um CL III.



Alemanha (1914) – Avião de reconhecimento de dois lugares austríaco, produzido pelas fábricas do vienense Jakob Lohner, muito conhecido por seus hidroaviões. O C I era uma versão armada do B I, que esteve em combate em 1914. No dia 4 de fevereiro de 1916, alguns Lohner C I participaram de uma ação de bombardeio demonstrativa contra Milão.



Áustria (1915) – Avião austríaco de reconhecimento utilizado durante todo a guerra, em sua versão armada, que foi o C II, de 1915, predominantemente nas frentes italiana e romena. Dele se produziram cerca de 500 exemplares. No verão de 1914, um Lloyd C I, pilotado por Heinrich Bier, com um passageiro a bordo, registrou recorde de altitude com 6.170m.



Alemanha (1916) – Avião de caça monoposto, alcunhado de Sarg (ataúde); foi desenhado na Alemanha por Ernst Heinkel para a Hansa-Brandenburg, de propriedade do austríaco Camillo Castiglione; foi introduzido somente para uso das forças aéreas austro-húngaras. Armando com uma metralhadora não sincronizada, revelou-se bastante modesto.



Alemanha (1918) – O melhor avião de caça alemão, desenhado por R. Platz; venceu o concurso do ministério da guerra em janeiro de 1918 e entrou em serviço em abril. À época do armistício, 48 Jasta estavam equipados com mais de 800 D VIII, de 1.000 produzidos. A primeira unidade que o levou a combate foi o grupo de caça de vo Richthofen (Jasta 4,6,10 e 11); este grupo, por morte do “Barão Vermelho”, foi guiado por Herman Goering. Em novembro de 1918, Anthony Fokker transferiu-se para a Holanda, para onde conseguiu levar 400 motores e peças de 120 aviões, contra as normas do armistício.




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D.F.W. C V (1916). Foi o avião de reconhecimento armado dos alemães produzido em maior número de exemplares no decorrer do conflito; figurou, certamente, entre os melhores. Projetado por Heirinch Oelerich, entrou em serviço na primavera de 1916, permanecendo em ação até ao armis­ ticio, quando 600 D.F. W.C V ainda se encontravam em operação. Seu nome está ligado à batalha de Arras, de abril de 1917.



A.E.G. G IV (1916). Projetado como bombardeiro de longo alcance, foi entretanto utilizado como bombardeiro tático. Os tipos G I, G II e G III apareceram em 1915, sendo porém foram produzidas poucas unidades. O G IV entrou em ação nos fins de 1916, distinguindo-se logo com feitos memoráveis: bombardeio de Bucarest, na Romênia, em fevereiro de 1917, e de Yeneza, Pádua, Treviso e Verona, em novembro de 1917. Os cerca de 400 exemplares G IV construídos participaram, quase todos, dos Kampfgeschwader der Obersten Heeresleitung, ou Kagohl (Grupos de Bombardeio do Comando Supremo da Aviação Germânica); foram utilizados até ao armisticio.



L.F.G. ROLAND C II (1916). Avião de reconhecimento armado, desenhado pelo engenheiro Tantzen; alcunhado “Walfisch” (baleia), ou ainda “Slug” (lesma) pelos ingleses devido à sua forma característica, foi um dos aviões de desenho mais avançado dos seus tempos. Empregado pela primeira vez em Verdun e depois no Somme, com resultados excelentes.



DIRIGÍVEL ZEPPELIN (1915). No dia 2 de janeiro de 1914, logo após a eclosão da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha pôde contar com 12 dirigíveis, 6 dos quais eram Zeppelin, para uso, de preferência, em bombardeios a longa distância. No dia 9 de agosto de 1915, com efeito, estes dirigíveis efetuaram a primeira incursão sobre Londres. Embora superados na prática pelos numerosos aviões que entraram em ação, antes do fim do conflito. Na realidade, os dirigíveis se revelaram excessivamente vulneráveis, em confronto com a aviação de caça aliada, porém substancialmente mais úteis em operações de reconhecimento no Mar do Norte.



ZEPPELIN R VI (1917). O primeiro R (Risenflugzeug, “avião gigante”) projetado por B. G. Klein e H. Hirth, sob a direção de Robert Bosch e do próprio von Zeppelin, voou no dia 11 de abril de 1915 e foi seguido por diversos protótipos de 4, 5 e até 6 motores; cada protótipo representava uma experiência de extraordinário interesse. O único R produzido em série foi o VI (18 exemplares), que efetuou ‘O primeiro ataque contra Londres no dia 17 de setembro de 1917. Um R VI, no dia 16 de fevereiro de 1918, lançou a primeira bomba de 1.000 kg contra a Inglaterra, atingindo o Royal Hospital, de Chelsea. O 501.0 Esquadrão, dotado de R VI, desde 18 de dezem­ bro de 1917 até 20 de maio de 1918, efetuou 11 ataques contra Londres, descarregando 27.190 kg de bombas contra esse objetivo.



FRIEDRICHSHAFEN G III (1917). Bombardeiro pesado. Fez o primeiro vôo no outono de 1914 e sua produção se limitou ao protótipo. O G II, de 1916, ainda apresentava muitos pontos fracos; dele se construíram apenas uns poucos exemplares. O G III entrou em ação em fevereiro de 1917, sendo empregado predominantemente na frente ocidental, para ataques contra Paris, contra o resto da França e contra a Bélgica. Raramente participou de ações contra Londres. O Friedriehshafen G, com os Gotha G, constituíram a dotação dos Bombengeschwader – grupos de bombardeio – da aviação alemã. A sociedade Friedrichshafen, conhecida pelos seus hidroaviões, fora fundada por von Zeppelin, muito interessado nos grandes aviões, além de interessar-se pelos seus dirigíveis.



GOTHA G VIII (1918). O G (Grossflugzeug, “grande avião”) VIII foi o último Gotha da Primeira Guerra Mundial; diferia dos precedentes pelas hélices tratórias, em vez de impulsoras. O G I nasceu para ataque ao solo; os G II e G III apareceram em 1916, como bombardeiros, mas sem êxito; o G IV, ao contrário, começou substituindo os dirigíveis Zeppelin nos ataques contra Londres; e, de 25 de maio a 22 de agosto de 1917, de dia, depois, até maio de 1918, à noite, descarregou toneladas de explosivos .contra a cidade, sendo escoltado pelo G V, a partir de abril de 1917. Mais do que ocasionar verdadeiros danos, os Gotha obrigaram os ingleses a chamar para a sua ilha, para sua defesa, os esquadrões de caça empenhados na frente européia. Os Gotha G foram, sem dúvida alguma, os melhores bombardeiros alemães da Primeira Guerra Mundial.



HANSA-BRANDENBURG W 12 (1917). Hidroavião de caça de dois lugares, desenhado por Ernst Heinkel; dele se produziram 146 exemplares. Notavelmente superior ao FF 33L, revelou ser um avião excelente, operando até à metade de 1918. No dia 17 de dezembro de 1917, o Ten. Christiansen, pilotando um W 12, abateu o dirigível inglês C 27.



FRIEDRlCHSHAFEN FF 33L (1916). Mais de 500 FF 33 foram usados na versão desarmada, para reconhecimento e, no tipo L, como hidroavião de caça. Este avião operou no Mar do Norte e no Canal da Mancha, instalado em navios porta-hidroaviões. Um FF 33 equipou o cruzador auxiliar corsário Wolf, que, desde 1916 a 1918, afundou 18 navios aliados no índico e no Pacifico.



JUNKERS CL I (1918). Avião de caça de escolta e ataque contra o solo. Foi projetado por Rugo ]unkers; tinha estrutura metálica inteiramente revestida de chapa ondulada; chegou à frente de batalha muito tarde, o que o impediu de impor-se como o melhor avião de sua categoria. Somente 47 exemplares foram entregues antes do fim das hostilidades.







ARADO Ar 234 B-2 BLITZ (1944). Primeiro bombardeiro com motor a jato do mundo; voou pela primeira vez em 1943, entrando em combate em fins de 1944. Poucos exemplares chegaram ao Grupo Il/KG 76; todavia, foram muito ativos contra a famosa ponte de Remagen, sobre o Río Reno, até o momento em que ficaram desprovidos de carburante.



DORNIER Do 217 E-2 (1940). Bombardeiro médio, derivado do Do 17; teve seu batismo de fogo no começo de 1942, em ações contra a Inglaterra e em ataques contra comboios no Mar do Norte. Dos 1.730 Do 217 produzidos, alguns apareceram em versão de caça noturno. Em 9 de setembro de 1943, um grupo de Do 217 golpeou os couraçados italianos Roma e Itália.



DORNIER Do 17E-I (1937). Alcunhado de “Lápis Voador”, devido à sua forma alongada; bombardeiro médio, experimentado na Guerra Civil Espanhola, estava em combate logo rio começo da Segunda Guerra Mundial, com 370 exemplares. Foi um dos primeiros aviões a entrar em ação na Polônia; participou, com duas esquadrilhas, da Batalha da Inglaterra.



HENSCHEL Hs 123A-1 (1935). Último biplano alemão, bombardeiro de mergulho; por ocasião da sua prova de fogo, na Guerra Civil Espanhola, já estava superado em 1939 e a sua produção foi interrompida em 1940. Não mais utilizado no seu papel principal, devido à presença do Ju 87, teve uma segunda juventude na frente soviética, operando como avião antitanque.



HEINKEL He 219A-5 UHU (1942). Projetado como interceptador, logo a seguir foi produzido como caça noturno, munido de radar. Numa de suas primeiras sortidas, em 11 de junho de 1943, um He 219, pilotado pelo ás Major Streib, abateu 5 bombardeiros da RAF. Não obstante as suas excelentes qualidades, foi deixado em segundo plano pela Luftwaffe.



HEINKEL He 177 (1942). Único bombardeiro pesado alemão; mereceu o nome macabro de Ataú­ de flamejante, devido à sua quase inexistência de qualidades. Depois de uma série de incidentes fatais com os protótipos, o avião entrou igualmente em produção, mesmo sem estarem solucionados os seus problemas. Cerca de 1.000 He 177 foram postos em serviço.



JUNKERS Ju 88A (1939). Nascido em 1936, como bombardeiro médio, o Ju 88 acabou revelando-se um dos aviões mais versáteis da Segunda Guerra Mundial; impôs-se também como bombardeiro em mergulho, como avião de ataque contra o solo, torpedeiro, de reconhecimento, caça de larga autonomia e caça no­ turno! De setembro de 1939 aos primeiros meses de 1945, saíram das linhas de montagem 10.774 destes bombardeiros, em umas vinte versões, além de 6.150 destes caças, tudo perfazendo um grande total de cerca de 16.000 unidades. Como bombardeiro, distinguiu-se na Batalha da Inglaterra, na África e nos ataques aos comboios do Mediterrâneo, do Mar do Norte e do Atlântico. Um desenvolvimento do Ju 88 foi o Ju 188, do ano de 1943, com cerca de 1.000 exemplares produzidos.



HEINKEL He 111-H (1936). Bombardeiro médio que, na versão B, esteve em serviço na Luftwaffe desde 1936; foi experimentado com sucesso durante a Guerra Civil Espanhola, integrando a Legião Condor. Na versão H, foi um dos principais participantes da Batalha da Inglaterra. O fato de se considerar que este avião poderia defender-se por si só, sem necessidade de escolta, como acontecera na Espanha e na Polônia, constituiu um erro capital que, talvez, tenha custado o sucesso da operação à Alemanha. Depois das pesadas perdas sofridas nesta oportunidade, o He 111 foi utilizado como bombardeiro noturno e, com algum êxito, como avião torpedeiro. Sua produção foi interrompida em 1944, depois de se fabricarem mais de 7.000 exemplares.



JUNKERS JU 87B STUKA (1938). Bombardeiro em mergulho “tipo” da aviação alemã, em 1939; teve os seus dias de glória nos primeiros meses do conflito, operando muito eficazmente nas campanhas da Polônia, da França e dos Países Baixos. Revelou as suas limitações (lentidão e vulnerabilidade) na Batalha da Inglaterra, contra uma defesa composta de caças velozes e modernos; ali, perderam-se 41 destes aviões nos primeiros seis dias de emprego. Ainda assim, o Ju 87B foi utilizado na Líbia, no Mediterrâneo (onde danificou o navio porta-aviões Illustrious e afundou o cruzador Southampton), nos Balcãs, em Creta e, por fim, na União Soviética. Esteve em produção até 1944, com mais de 5.700 exemplares.



MESSERSCHMITT Bf 109E (1938). Projetado por Willi Messerschmitt, em 1935, o Bf 109, que depois foi o avião produzido em maior número de exemplares (mais de 35.000!) no decorrer da Segunda Guerra Mundial, teve o seu batismo de fogo na Espanha, nas versões B e C. Em 11 de novembro de 1937, um Bf 109 batera o recorde mundial de velocidade, voando a 610,55 km/h. Considerado pelos alemães, em 1939, o melhor caça do mundo e em dotação estândar, na versão E, nos Jagdgeschwader, não teve rivais nos primeiros meses da guerra, na Tchecoslováquia, na Polônia e na França. Na Batalha da Inglaterra, todavia, encontrou um adversário perigoso, o Spitfire, e conheceu o seu primeiro revés: dos 1.792 aviões perdidos pela Luftwaffe (conta 1.112 da RAF), 610 deles eram Bf 109. Este avião foi transformado em caça de defesa na versão F; a partir de 1942, apareceu o modelo G, que permaneceu em combate até 1945. Entre as suas muitas versões, uma bem interessante foi a T, estudada para ser embarcada em navios porta-aviões, e que a Alemanha nunca conseguiu levar a cabo. Durante toda a Segunda Guerra Mundial, o Bf 109 operou sempre e por toda parte.